Previdência privada ou criptomoedas?
09/04/2020 | Uncategorized | Nenhum comentário

A população brasileira está vivendo cada vez mais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a expectativa de vida entre os brasileiros é de 76,3 anos.
O aumento do envelhecimento mostra que a busca por uma renda complementar de aposentadoria deve ser prioridade para garantir uma vida mais tranquila.
Modelos de investimento para garantir uma renda complementar à previdência social não faltam. Entre as opções estão a previdência privada e as criptomoedas, como o bitcoin. Qualquer uma das modalidades é válida, porém é necessário avaliar qual é a melhor opção para o seu perfil.
Pensando nisso, reunimos detalhes sobre as duas opções de investimento para que você possa escolher entre previdência privada e criptomoedas.
O que é previdência privada?
De maneira resumida, a previdência privada é uma forma de poupar dinheiro para complementar a aposentadoria oficial. Para aderir à previdência privada, é necessário escolher entre duas opções de planos existentes: plano aberto e plano fechado.
O plano aberto segue as regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pode ser adquirido por qualquer pessoa.
Já o plano fechado ou fundos de pensão atendem as demandas de empresas ou entidades financeiras interessadas em amparar funcionários ou associados. Neste caso, o órgão fiscalizador é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Independentemente da escolha, a finalidade é a mesma: garantir uma vida financeira mais tranquila e uma aposentadoria condizente com o padrão de vida do investidor.
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são moedas digitais, ou seja, não existem fisicamente. Uma das principais ideias para o surgimento das criptomoedas é permitir pagamentos e transferências diretamente de uma pessoa para outra, sem necessidade de intermediários, como bancos ou autoridades monetárias.
Com o passar do tempo, as criptomoedas passaram a ser uma opção importante para realizar investimentos complementares à previdência social. Neste cenário, uma das escolhas mais confiáveis é o bitcoin – moeda digital com melhor valor de mercado.
Existem duas possibilidades para investir em bitcoin como forma de complementar a previdência social: aplicar em bitcoins como parte da carteira de aposentadoria ou usar a moeda digital para a criação de uma reserva de emergência. Essa reserva financeira traz mais tranquilidade contra imprevistos e concede uma valorização do dinheiro aplicado.
Principais diferenças entre previdência privada e criptomoedas
A escolha entre previdência privada e criptomoedas vai depender do perfil de quem busca a renda complementar. No entanto, em um quesito elas são semelhantes: ambas são indicadas para investimento a longo prazo.
Previdência privada
No caso dos planos de previdência privada, é preciso entender que as taxas, custos e rendimento variam conforme o plano escolhido.
Existe o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), que consegue reduzir até 12% da renda tributável ao ano da base de cálculo do Imposto de Renda (IR). E a segunda opção é o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), mais indicado para pessoas isentas ou que fazem declaração simplificada do IR.
Os dois planos têm taxa de administração, cobrada anualmente sobre o valor total do patrimônio aplicado. Também é arrecadada a taxa de carregamento, usada para cobrir custos de administração e corretagem.
No momento de resgatar os recursos, seja para sacar em sua totalidade ou de maneira parcelada, o investidor paga uma tributação. Ao contratar o plano, é possível optar entre a tabela progressiva e a tabela regressiva.
Na tabela progressiva, as alíquotas são definidas com base na renda total, incluindo outras fontes de aposentadoria ou ganhos relacionados ao aluguel de imóveis. Já a tabela regressiva busca estimular a manutenção das aplicações a longo prazo. Nessa opção, a tributação diminui de acordo com o tempo em que o investimento for mantido.
Criptomoedas
O bitcoin não rende juros ou qualquer tipo de dividendos. Se você tiver 1 bitcoin hoje, ele será 1 bitcoin daqui a dez anos. O que faz com que a criptomoeda tenha um bom rendimento são as alterações que ela sofre de acordo com a oferta e a demanda.
Dessa maneira, é interessante estar ciente de que o bitcoin não tem rendimento garantido. As valorizações e desvalorizações da moeda virtual são repentinas, o que pode ser um empecilho para investidores. No primeiro semestre de 2019 o bitcoin rendeu praticamente 200%, mas nada impede que esse número caia drasticamente daqui a um tempo.
A volatilidade faz com que o investimento seja mais arriscado. No entanto, se for feito com prudência pode ser uma boa aplicação a longo prazo.
Vale lembrar que a única taxa cobrada em transações de bitcoins é a chamada taxa de rede – valor pago aos “mineradores” da moeda pela transição dos bitcoins de uma carteira para outra. Não existe um valor fixo para a cobrança; a incidência corresponde à rapidez com que a operação será concluída.
Quatro critérios para escolher previdência privada ou criptomoedas
Como você já deve ter percebido, as duas modalidades são distintas. Ao escolher entre um plano de previdência privada e criptomoedas, é necessário levar em consideração alguns critérios, como:
– Tipo de investimento e o risco que ele oferece
– Se o rendimento está de acordo com as suas necessidades futuras
– Quais as melhores taxas
– Quanto você está disposto a investir
Vantagens de ter previdência privada e investimentos em criptomoedas
Não é obrigatório ter que escolher entre previdência privada e criptomoedas. É possível investir nas duas opções ao mesmo tempo. Como já vimos, a previdência privada pode ser uma renda complementar mais segura e assertiva.
No entanto, nada impede que seja feita uma aplicação em criptomoedas ao mesmo tempo. Apesar da volatilidade das moedas digitais, é possível investir uma pequena parcela das suas economias em bitcoins para garantir uma aposentadoria ainda mais tranquila e segura.