Fundos de previdência privada: o que são e como investir
24/03/2020 | Previdência Privada | Nenhum comentário

Os fundos de previdência privada representam algumas das melhores opções para quem busca uma aposentadoria financeiramente tranquila. Eles funcionam como fundos de investimentos em que o investidor faz um aporte inicial e vai acumulando dinheiro com a realização de novos aportes e pela própria valorização do fundo – que é gerido por uma instituição financeira justamente com o intuito de aumentar o valor do fundo. Após a Reforma de Previdência que entrou em efeito em 2019 e alterou muitas das regras para aposentar-se pelo INSS, os fundos de previdência privada tornaram-se ainda mais atraentes para o trabalhador brasileiro.
O que são fundos de previdência
privada
Os fundos
de previdência privada são aplicações que estão disponíveis para qualquer
tipo de investidor. A possibilidade de acumular recursos de forma segura e
contando com uma gestão especializada faz com que este seja o investimento
ideal para:
– Complementar a aposentadoria do INSS, caso o trabalhador tenha carteira
assinada e contribua mensalmente;
– Seja a fonte de renda da própria aposentadoria, caso o trabalhador não
contribua com o INSS;
– Funcionar como uma fonte de segurança financeira para emergências ou para
cumprir um objetivo, como comprar uma casa ou um automóvel.
Os planos
de previdência privada são oferecidos por instituições financeiras como bancos
e seguradoras e cada um desses planos possui sua própria estratégia de
valorização – que pode ser conservadora (menos riscos) ou arrojada (mais
riscos)
– e exige um aporte inicial para que o investidor entre para o fundo. Esse
aporte inicial é variável, assim como a exigência ou não de novos aportes
mensais.
A instituição financeira escolhida aplica o dinheiro em um fundo de
investimentos (há vários tipos disponíveis) para que ele siga valorizando. Após um período que é definido em contrato, o
investidor tem o direito de receber o dinheiro acumulado – tudo de uma vez ou
na forma de renda mensal, e isso também é definido no contrato.
Assim, existem basicamente duas fases em qualquer previdência privada:
1. Acumulação de capital
2. Usufruto do capital
Como funcionam os fundos de
previdência privada
Os fundos de previdência privada são divididos
em duas categorias de planos:
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)
🡪 Nesta opção, os novos aportes que o investidor
faz no fundo ao longo do ano podem ser abatidos no Imposto de Renda (no máximo
12% da renda total). Ao fim do plano, quando o dinheiro pode ser usufruído, a
taxação do IR é calculada e incidida em cima de todo o valor acumulado.
VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)
🡪 Esta opção não permite o abatimento dos aportes
na declaração anual do Imposto de Renda. Ao fim do plano, porém, a taxação do
IR é calculada e incide somente sobre o rendimento do fundo, e não o valor total.
Ao contratar um plano, o investidor deve optar pelo regime de tributação
regressivo ou progressivo. No regime regressivo, a alíquota de abatimento do IR
é reduzida à medida que o dinheiro fica aplicado por mais tempo. No regime
progressivo, a alíquota de abatimento do IR aumenta de acordo com o valor que
será sacado mensalmente durante o usufruto do capital.
Além da tributação do IR, as instituições privadas que oferecem os fundos de previdência privada também
exigem suas próprias taxas – e essas variam de empresa para empresa. As mais
comuns são a Taxa de Administração e a Taxa de Carregamento, mas podem haver
outras, como de Entrada e de Saída. O investidor precisa ficar especialmente
atento a essas taxas para escolher a previdência privada que irá lhe trazer
maior rendimento.
Como investir em fundos de
previdência privada
Os fundos
de previdência privada são investimentos que visam o longo prazo. Para
funcionar corretamente, o dinheiro deve ficar aplicado por um longo período –
anos ou, de preferência, décadas. A realização de novos e constantes aportes
após o aporte inicial também é recomendável para que os recursos sigam
crescendo e oferecem tranquilidade financeira no futuro.
O primeiro passo para quem deseja fazer um plano de previdência é compilar e
comparar os planos disponíveis no mercado. Avalie a exigência do aporte inicial
e as taxas que cada instituição cobra. Escolha entre o plano PGBL ou VGBL de
acordo com seus rendimentos e a forma como declara o Imposto de Renda.
Selecione ainda o regime de tributação de acordo com o que será melhor para
suas economias. Observados esses quesitos, contrate seu plano de preferência.
Vale a pena investir em fundos de previdência privada
Feita com planejamento e disciplina, a previdência privada pode significar a futura independência financeira do trabalhador. Escolher um plano que irá investir o dinheiro em um fundo de investimentos com lucros constantes e confiáveis é uma boa forma de garantir o acúmulo de capital. Um fundo com taxas excessivas e injustificadas, por outro lado, pode diluir todo um rendimento que parecia promissor.
O ideal é visualizar o que você deseja para daqui a 10, 15 ou 20 anos e ir realizando aportes constantes. Se, após um tempo, você perceber que há outros fundos de previdência privada rendendo mais, não tem problema: os bancos são legalmente obrigados a lhe garantir a portabilidade do seu dinheiro. Assim, você pode transferir o dinheiro para outro fundo ou até mesmo aplicá-lo em outra opção de investimento.
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