Benefício fiscal na previdência privada: como funciona
22/04/2020 | Previdência Privada | Nenhum comentário

Quer saber como funciona o benefício fiscal na previdência privada e como ele aumenta a rentabilidade do investimento?
Ter domínio sobre esse tema é fundamental na hora de fazer aplicações financeiras para o longo prazo.
Afinal, faz toda diferença no valor que você paga de Imposto de Renda e, depois, no resultado de todos os seus esforços e aportes ao longo do tempo.
E, apesar de parecer confuso de início, entender e calcular o benefício fiscal na previdência privada não é difícil.
Para ampliar a sua compreensão, siga com a leitura e descubra como funciona esse mecanismo e como você pode aproveitá-lo para tomar suas decisões de investimento para a aposentadoria.
O que é benefício fiscal
Benefício fiscal é uma vantagem proporcionada por lei ou norma relativa à tributação em determinados casos. Então, ele pode ser compreendido como uma redução ou eliminação do pagamento de um tributo.
É o que acontece em relação a empresas, por exemplo: a administração pública concede vantagens que reduzem o valor que elas devem pagar de tributos a fim de estimular o desenvolvimento dos negócios e, consequentemente, da economia.
Conforme veremos no próximo tópico, a previdência privada é um investimento que também recebe benefício fiscal, diminuindo os custos do investidor ao fazer aplicações.
Benefício fiscal na previdência privada
A previdência privada é um investimento de longo prazo que oferece um benefício fiscal relevante para o investidor. A partir dos tópicos a seguir, descubra como funciona:
Dedução de IR no PGBL
A grande vantagem da previdência privada é que o investidor pode deduzir o dinheiro investido na declaração de Imposto de Renda.
Então, na prática, é possível ter acesso a uma restituição maior e reduzir os custos do investimento.
Para ter acesso à restituição, o investidor deve escolher a modalidade PGBL, o Plano Gerador de Benefícios Livres.
Nele, quem faz a declaração de IR anual completa pode somar os valores dos aportes ao longo do ano e fazer a dedução. O limite desse abatimento é de até 12% do rendimento bruto tributável.
Justamente por isso, esse plano de previdência é indicado também para quem tem uma renda bruta suficiente para absorver o desconto de 12%.
Com o benefício fiscal, portanto, o investidor paga menos impostos. E aí, pode até mesmo usar o valor que seria destinado ao Leão para fazer novos aportes na previdência privada.
Acredite: no longo prazo, esses aportes adicionais na previdência fazem uma diferença significativa na rentabilidade do seu investimento.
Alíquota regressiva
Outra característica da previdência privada que pode ser considerada um benefício fiscal é a alíquota cobrada no resgate do investimento para aplicações de longo prazo.
Para usufruir dessa vantagem, o investidor deve escolher o modelo tributário regressivo.
Nele, quanto maior é o tempo da aplicação, menor é a alíquota de Imposto de Renda cobrada ao investidor no recebimento da renda.
As alíquotas são as seguintes:
- Até 2 anos: 35%
- De 2 a 4 anos: 30%
- De 4 a 6 anos: 25%
- De 6 a 8 anos: 20%
- De 8 a 10 anos: 15%
- Acima de 10 anos: 10%.
Considerando que a previdência privada é um investimento de longo prazo, se você manter as aplicações por menos dez anos, vai pagar somente 10% referente ao IR.
Trata-se da menor alíquota cobrada em qualquer tipo de investimento — um dos motivos pelos quais a previdência privada é tão atrativa.
Benefício fiscal e a rentabilidade na previdência privada
Com os dois benefícios fiscais que você descobriu agora, o impacto positivo na rentabilidade da previdência privada é significativo para quem investe.
Vamos a um exemplo hipotético para compreender melhor como funciona essa dinâmica na prática.
Suponha que você tenha uma renda anual de R$ 50 mil e invista em previdência privada no plano PGBL
Para alcançar o limite de 12% da restituição no IR, você precisa investir R$ 6 mil por ano em previdência privada.
Descontando esse valor, a sua base de cálculo do IR, então, passa de R$ 50 mil para R$ 44 mil. Uma vez que a renda anual é de R$ 50 mil, a alíquota cobrada será de 22,5%.
Então, a alíquota de IR a ser paga é R$ 9.900.
Sem o investimento em previdência e a restituição, você precisaria pagar R$ 11.250 — representando uma economia de R$ 1.350, valor que poderia ser aplicado no fundo de investimento.
Já a rentabilidade da previdência privada varia conforme os fundos de investimento em que os aportes são aplicados.
Entre as vantagens, está o fato de não haver come-cotas na modalidade, garantindo uma rentabilidade interessante para o investidor.
Se manter o investimento por mais de 10 anos e optar pela tributação regressiva no PGBL, você pagará somente 10% sobre o retorno do investimento.
E aí, ficou mais claro o funcionamento do benefício fiscal na previdência privada e como ele aumenta a rentabilidade? Se tiver dúvidas, deixe nos comentários abaixo.